quarta-feira, 28 de abril de 2010

Balada de agosto.

Lá fora a chuva desaba e aqui no meu rosto
Cinzas de agosto e na mesa o vinho derramado
Tanto orgulho que não meço
O remorso das palavras
Que não digo
Mesmo na luz não há quem possa
Se esconder no escuro
Duro caminho o vento a voz da tempestade
No filme ou na novela
É o disfarce que revela o bandido
Meu coração vive cheio de amor e deserto
Perto de ti dança a minha alma desarmada
Nada peço ao sol que brilha
Se o mar é uma armadilha
Nos teus olhos.




Não é agosto, mas foi ouvindo essa música repetidas vezes que eu passei esses último dias. Alguns versos me gritaram muitas verdades. Valeu Zeca Baleiro e Fagner!
Ela pediu que ele cuidasse dela.
Ele fez com que ela dormisse e foi chorar lá fora, rezando a Deus que a devolvesse a paz.
Ninguém há de contestar a imensidão do amor de quem doa a própria fé.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Confesso

A minha confissão é simples e direta: confesso que te espero. Espero com receio e entusiasmo, como quem aguarda a hora do trem. Só que nesse caso, eu não sei o dia, a hora, a estação, o ano, a saudade. Espero junto com a criança que espera o dia do natal. Espero nas coisas pequenas da vida, aquelas que eu aprendi a amar. Espero na fila do cinema, do banco, do pão. Aqui, ali, lá. Espero que, do coração você jogue fora aquela poeirinha guardada, aquele ressentimento cultivado e aquele espaço vago. De você espero alma, amor, alegria. Não se preocupe em entender, decodificar mais uma confissão minha: também não entendo. Espero que você seja exatamente o que quiser, seja luz por onde passar. E insisto, te espero. Sentindo o vento no rosto, músicas nos ouvidos, lista de sonhos e com a certeza de que, embaixo desse mesmo céu que cansou de chover, existe alguém que pronuncia baixinho: te espero...

quarta-feira, 14 de abril de 2010


Minha flor é efêmera, disse o principezinho, e não tem mais que quatro espinhos para defender-se do mundo! E eu a deixei sozinha!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Divertido esse mundo blogueiro. Me desculpe aos defensores da boa escrita, principalmente se eu os ofendo com o meu português falho.A verdade é que, a necessidade de reunir idéias me moveu a criar esse blog, e tem crescido a cada dia. É um mundo que eu tenho explorado com muito gosto, diferente das tantas outras ferramentas da internet. Aqui ,quando surge comentário, é sempre recheado de muito carinho. Bonito o respeito com que as pessoas se tratam, bonito mesmo.
Depois de um dia estressante e cansativo, é aqui que eu freio a loucura do dia-a-dia e me pego a ler as alegrias, tristezas, emoções, boas novas, e a soma dos sentimentos vividos por pessoas que, embora vivam vidas completamente diferentes, sentiram essas ou outras necessidades de se expressar e que, de alguma forma, se motivaram a criam seus blogs.
Engraçado que, quem me vê séria no trabalho, tendo que ser adulta cem por cento do tempo, ou quem me vê na faculdade, tentando resgatar toda a concentração para anexar o máximo de conhecimento, ou até mesmo quem senta comigo no bar e divide uma cerveja num final de tarde, nem imagina que é aqui que eu falo do meu coração, dos meus medos e das maiores alegrias. São os meus segredos mais singelos e são com meus poucos e bons leitores que eu compartilho. Obrigada aos que me leem, e que, de uma forma ou de outra, fazem parte da minha vida.
Sábado a noite, unhas feitas, cabelos arrumados, tv, pantufas e resto do chocolate da páscoa. Do outro lado da cidade, um carnavalzão fora de época. Das duas opções, eu fico com a primeira. Alguém anima um chazinho?





terça-feira, 6 de abril de 2010

A vida é mesmo uma montanha-russa, a espera daquele email que vai mudar tudo me deixou de coração acelerado, sem saber o que aquele tudo significaria, significará. O dia começa e sempre há algo novo, dando a certeza de que é preciso continuar remando. Esperei e veio: "bora fazer acontecer!". Não perco tempo em compartilhar a novidade com quem compartilha comigo esse sonho. Pra alguns é algo tão simples, pra mim é um sonho. Vai virar realidade.
A rotina é um amor doce, a gente escolhe e a partir daí aprendemos a amá-la, e amando abrimos mão de tantas outras coisas por um motivo maior, por algo que é forte.
Agora sim, eu olhei pra vida e pensei "vem que eu tô pronta". O medo é cautela sim, mas quando exagerado, nos impede de viver coisas que um dia farão falta. Não quero sentir falta de nada, quero que o meu passado seja um lugar bonito, e então eu vou visitá-lo sempre.
Arrependimentos a gente deve ter dos erros que um dia, de uma forma ou de outra, prejudicaram alguém, mas o erro de quem aprende é certo, necessário. A criança cai quando está aprendendo a andar. Os adultos erram, acertam, caem, avançam, o gostoso da vida é justamente isso: ver no que vem, crescimento.

domingo, 4 de abril de 2010

Sobrou pouco, foi tão grande. Grande até o fim, nem mais nem menos. Amei com respeito, respeitei cada segundo do amor que tive e, embora não tenha sido recíproco, eu sinto que fiz o que era certo. Sobrou a certeza de que era preciso viver tudo isso e ter coragem de não desistir.Que clichês são essas despedidas! A gente tenta imaginar tantos outros finais felizes enquanto o tempo não passa. Eu lembro de imaginar você em todos os lugares onde eu ia, e lembro de desejar que isso não acontecesse. Eu lembro o quanto doia aqueles tantos planos que fizemos. Talvez fosse mais fácil não ter sido bom, e então eu diria: Graças a Deus que acabou.
O seu orgulho se feriu sem motivo, e então você construiu um final feio e estragou toda a história. Quem nos observava pensou comigo: ele poderia ter sido um grande cara. Eu entendo! A sua fé nas pessoas era pequena demais. Foi assim, sem grandes cerimônias que rumamos um pra cada lado da cidade, desejando que o tempo corresse. Correu tanto, tanto que agora eu não lembro nem dos motivos que um dia me levaram a acreditar na gente.

quinta-feira, 1 de abril de 2010


“Ela escrevia estórias tristes e gargalhava a sua liberdade forçada. Porque por mais que as tardes fossem melancólicas, por seguirem as manhãs tão atarefadas, ela tinha descoberto as dores e as delícias de ser quem ela era.”
Rani Ghazzaoui

Dia da mentira.

Que o destino me pregue peças boas. =)