terça-feira, 20 de abril de 2010

Confesso

A minha confissão é simples e direta: confesso que te espero. Espero com receio e entusiasmo, como quem aguarda a hora do trem. Só que nesse caso, eu não sei o dia, a hora, a estação, o ano, a saudade. Espero junto com a criança que espera o dia do natal. Espero nas coisas pequenas da vida, aquelas que eu aprendi a amar. Espero na fila do cinema, do banco, do pão. Aqui, ali, lá. Espero que, do coração você jogue fora aquela poeirinha guardada, aquele ressentimento cultivado e aquele espaço vago. De você espero alma, amor, alegria. Não se preocupe em entender, decodificar mais uma confissão minha: também não entendo. Espero que você seja exatamente o que quiser, seja luz por onde passar. E insisto, te espero. Sentindo o vento no rosto, músicas nos ouvidos, lista de sonhos e com a certeza de que, embaixo desse mesmo céu que cansou de chover, existe alguém que pronuncia baixinho: te espero...

3 comentários:

  1. As vezes penso viver isso, de maneira intensa.
    Algo poético demais, denso demais, sublime demais.

    Queremos esses sentimentos opacos mas viris, que nos decodifica pra sempre, num devaneio singelo.

    Precisava disso mais vezes.

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  2. Oi Amanda!
    Fico muito feliz em saber que te identificasse com um texto meu, pois é esse o meu objetivo! Achar pessoas que se identifiquem com eles.
    Quanto ao teu texto, muito bom mesmo.
    Te sigo tambem!
    Tuas opinioes e criticas vao ser sempre bem vindas! Grande beijo!

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